Uma vez eu perguntei o que viria depois. Outra vez eu imaginei como é o "depois". Quase sempre, eu quero o depois, mas nunca o depois chega.
Passaram meses, semanas, dias e fins de semana com domingos tediosos, como sempre. Passaram alegrias e tormentos, passaram fôlegos e sufocos, como sempre. Mais uma vez, ainda não encontrei o depois, e nessa busca, caminhando sempre, cada vez mais pareço estar voltando para trás, refazendo percursos com cada vez mais bagagem nas costas.
Caminho de vida, aqui estou eu... de vai e volta constante, com mais peso na volta e mais fôlego na ida. Caminho agreste de clima abafado, seco, pra tornar a saga mais dramática, severina!
Lugar do Tudo e do Nada... antes mais nada do que tudo, em mergulhos profundos.
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
sábado, 19 de junho de 2010
Imaginations from the Other Side
d--b Blind Guardian
Esperando pelo outro lado do tempo. Passam borrões de um tempo sem sentido, passa, tempo...
sábado, 15 de maio de 2010
domingo, 9 de maio de 2010
Que linhas?
Linhas essas, aqui, escondidas. Que sentindo têm as linhas que não se lêem? Pura expressão, puro esvaziamento? Lugar do desassossego, transfere das linhas para as linhas daqui, deposita blocos de divagações preocupadas, de esperanças proteladas, de ansiedades abafadas.
Confio ao blogue minhas linhas tortas, meus dias sem sonhos, minhas manias de esperar, de caminhar enquanto espero, de correr enquanto adormeço... viagens no tempo do incômodo, nas refeições inacabadas, nos começados mas não terminados, na espera por um tempo em que tudo será diferente, noutro lugar, noutro corpo transportado, dedicado a outra vida, a mais vida.
Corre tempo, pra eu poder parar. Corre pra eu poder viver, todos os dias, sem pensar no próximo, sem inventar linhas em que me encontrar, sem imaginar outros momentos que não os meus próprios...
Confio ao blogue minhas linhas tortas, meus dias sem sonhos, minhas manias de esperar, de caminhar enquanto espero, de correr enquanto adormeço... viagens no tempo do incômodo, nas refeições inacabadas, nos começados mas não terminados, na espera por um tempo em que tudo será diferente, noutro lugar, noutro corpo transportado, dedicado a outra vida, a mais vida.
Corre tempo, pra eu poder parar. Corre pra eu poder viver, todos os dias, sem pensar no próximo, sem inventar linhas em que me encontrar, sem imaginar outros momentos que não os meus próprios...
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Show your bones
Outro mês!
Mais primavera, ainda cheia de gotas pesadas, sol ensolarado, cheio de 21 graus, nem mais. Ainda menos, maioritariamente. Ficam assim os dias, passam em indecisão, em passagem contínua.
Get out, primavera, anda logo! Já vai passar, dar lugar ao verão, e se escondeu em cinza tímido por grande parte do tempo. Move, flui, passa, corre, derrama, desliza, evapora e grita em pequenas partes vespertinas, fracionadas. Eu ouço! Cheiro floral me puxa das divagações sem recheio, berram por atenção, "Não era isso que você queria?!". Mergulho em jasmins, me envolvo em doce cheiro, me levanto até a admiração, em pleno portão à beira da rua, ali mesmo. Sensações confortáveis predominam, menos alienação e mais entrega! Solta, evapora, dança e flui, tudo junto e sem mais ninguém.
Show your bones, too.
domingo, 11 de abril de 2010
Dreaming my Dreams
d--b The Cranberries
Mangas curtas, deitam na grama, contemplam a primavera, finalmente aqui. Chegou esbaforida, colorindo os dias às pressas, retomando trabalho atrasado, consolando os que esperamos, nostálgicos.
Olha pra frente, pra cima. Sente a brisa finalmente bem-vinda, só refresca, só lava o corpo dos pesados dias cinzas, de casacos e cachecóis, bonitos em seu tempo mas em tempo duradouro demais.
Faz planos e procura a vida, procura as paisagens em que pode sentí-la. Sabe que não são só de paisagens feitos os momentos, mas a primavera implora por glória. Termina a noite em sol escandaloso, domina o escuro com berros de vitória iluminados. É impossível não lhe fazer a vontade. Vivamos, em dias que se esforçam mais para durar mais...
domingo, 21 de março de 2010
Até Quando..?
O tempo só pode ser uma curva inconstante, espirais, círculos e borrões...
Alguns herdam cargos importantes, outros herdam lutas importantes, convencidos de que apenas têm de mantê-las, sem resultado à vista. Protestos a longo prazo: esses não conhecem uma vida satisfeita, não conhecem direitos respeitados, não conhecem justiça, não conhecem a paz.
Permanências são apenas a esperança, que sobrevive, resiste dia após dia, e a certeza de que alguém precisa ouví-los. Alguns ouvem e pouco podem fazer. Alguns ouvem e nada querem sacrificar. Alguns ouvem mas se convencem. Como, mais? Que instrumentos, mais? Que mensagens, mais? Mais quantos protestos, quantas tentativas? Onde é que isso acaba..? Que fim?
Alguns herdam cargos importantes, outros herdam lutas importantes, convencidos de que apenas têm de mantê-las, sem resultado à vista. Protestos a longo prazo: esses não conhecem uma vida satisfeita, não conhecem direitos respeitados, não conhecem justiça, não conhecem a paz.
Permanências são apenas a esperança, que sobrevive, resiste dia após dia, e a certeza de que alguém precisa ouví-los. Alguns ouvem e pouco podem fazer. Alguns ouvem e nada querem sacrificar. Alguns ouvem mas se convencem. Como, mais? Que instrumentos, mais? Que mensagens, mais? Mais quantos protestos, quantas tentativas? Onde é que isso acaba..? Que fim?
sexta-feira, 19 de março de 2010
E volta ao abrigo
Hoje volta, chuva, retoma seu trabalho, mas agora de fertilizante.
Prepara a terra e as pessoas para a primavera que vem chegando, chove devagarinho, com menos ventania e com mais calmaria, refresca o ar saturado, humedece o resto de frio, secura esturricada e um inverno que já durou demais, gastou demais.
Pequenas flores, brotinhos, corezinhas nascem bem calmas, tomando seu tempo, nas pontas dos galhos ainda secos, contentes por serem decorados, já fazia tanto tempo... folhinhas verdes despontam e fazem companhia às flores recém-nascidas, lembram as pessoas que não se esqueceram de nós.
Vem chegando, primavera, bem lentamente... reaparece tímida, fazendo força, pede licença ao inverno e reanima as pessoas, ainda em abrigos, ainda protegidas.
Prepara a terra e as pessoas para a primavera que vem chegando, chove devagarinho, com menos ventania e com mais calmaria, refresca o ar saturado, humedece o resto de frio, secura esturricada e um inverno que já durou demais, gastou demais.
Pequenas flores, brotinhos, corezinhas nascem bem calmas, tomando seu tempo, nas pontas dos galhos ainda secos, contentes por serem decorados, já fazia tanto tempo... folhinhas verdes despontam e fazem companhia às flores recém-nascidas, lembram as pessoas que não se esqueceram de nós.
Vem chegando, primavera, bem lentamente... reaparece tímida, fazendo força, pede licença ao inverno e reanima as pessoas, ainda em abrigos, ainda protegidas.
sábado, 13 de março de 2010
Há vida, afinal!
O Sol!
Aparece hoje, sol, irrompe céu afora, explode, traz as pessoas de volta à vida!
Saíram todos das tocas, apareceram no dia, sorriram, saíram do coma, saíram do espaço cinzento em que pausaram a vida.
Árvores se convencem aos poucos a soltarem flores, brisa se convence aos poucos a menos ira, menos gélida. Sopra devagar, formata as nuvens em paisagem mais clara, em verdes mais abertos, em céu mais maduro. Leva meus cabelos devagar, refresca minha pele mais calma, leva minha alma pra flutuar mais leve, sem pressa para voltar. Não tenho pressa pra voltar, abro os olhos vez ou outra, lembrar a paisagem de cores tênues, brandas, irradiantes em sol, revigorante.
Continua seu caminho, sol, continua a volta, vontades! Me levanta o corpo mais leve, a alma mais calma, desejos mais brandos, mais mais.
domingo, 7 de março de 2010
Passando
Eu já não limpo meus (2) emails, já não vejo meu orkut, já não escrevo em minha agenda - já não a confiro, já não desperto completamente, já não durmo (só) o suficiente.
As datas se perdem, as semanas pulam, saltitam, rolam, desaparecem, alcançando os meses sem qualquer dificuldade.
Passo em movimento fluído, transporto a matéria em movimentos quase involuntários, de acordo com o programado. E alguns programas ainda ficam para trás, naquele tempo que perdi, sem retomada.
Olha à tua volta: pouca coisa realmente preenche uma paisagem borrada como a tua. Espera pela próxima, continua saltando detalhes, nem respira direito. Inspira, expira; mais uma vez.
E já chego em Março, ainda sem primavera, atrasada num ano confuso. Se perdeu no caminho, ou tem receio de hoje aparecer: alguém vai notar? O inverno já parece ter engolido as pessoas todas, imersas em desejos silenciosos, sem risadas, sem demasiadas expressões. Ainda estão em tocas, ainda esperam dias melhores para viver.
Vamos passando, ansiando dias mais claros, noites mais frescas, brisas menos gélidas, paisagens menos cinzas - belas em seus tempos, mas não em tempos demais.
As datas se perdem, as semanas pulam, saltitam, rolam, desaparecem, alcançando os meses sem qualquer dificuldade.
Passo em movimento fluído, transporto a matéria em movimentos quase involuntários, de acordo com o programado. E alguns programas ainda ficam para trás, naquele tempo que perdi, sem retomada.
Olha à tua volta: pouca coisa realmente preenche uma paisagem borrada como a tua. Espera pela próxima, continua saltando detalhes, nem respira direito. Inspira, expira; mais uma vez.
E já chego em Março, ainda sem primavera, atrasada num ano confuso. Se perdeu no caminho, ou tem receio de hoje aparecer: alguém vai notar? O inverno já parece ter engolido as pessoas todas, imersas em desejos silenciosos, sem risadas, sem demasiadas expressões. Ainda estão em tocas, ainda esperam dias melhores para viver.
Vamos passando, ansiando dias mais claros, noites mais frescas, brisas menos gélidas, paisagens menos cinzas - belas em seus tempos, mas não em tempos demais.
sábado, 6 de março de 2010
What do you see? Something beautiful or something free?
Metade do mundo pensa em se encaixar socialmente, em reproduzir o que acham seguro ser reproduzido, em assegurar o que acham confortável, em terem suas necessidades providenciadas (construídas) e depois satisfeitas, num ciclo de alienações interminável, vicioso, finalizante.
Os outros - bem, são os outros, que não se encaixam e que não entendem que as coisas são enquadradas, não aceitam os provedores, não reproduzem (ou tentam não reproduzir) o já adquirido como absoluto. São os marginais, os silenciados, os ignorados e de quem se tem medo, a quem se olha com suspeita, com receio - o distúrbio da nossa confortável e programada realidade é imperdoável. Nossa segurança está acima da nossa liberdade - já ninguém sabe o que liberdade significa e mesmo o resquício que existe é para poucos.
A caixinha está formatada e lacrada, já ninguém consegue abri-la. Modelos de pensamento consumiram o mundo e qualquer um que comece a tentar transpô-los é logo descredibilizado. Viva do outro e para o outro, mantendo, sustentando e cultivando o protótipo de liberdade que poucos têm. O resto, bem, é o resto.
[I see something beautiful AND something free, um dia desses...]
Os outros - bem, são os outros, que não se encaixam e que não entendem que as coisas são enquadradas, não aceitam os provedores, não reproduzem (ou tentam não reproduzir) o já adquirido como absoluto. São os marginais, os silenciados, os ignorados e de quem se tem medo, a quem se olha com suspeita, com receio - o distúrbio da nossa confortável e programada realidade é imperdoável. Nossa segurança está acima da nossa liberdade - já ninguém sabe o que liberdade significa e mesmo o resquício que existe é para poucos.
A caixinha está formatada e lacrada, já ninguém consegue abri-la. Modelos de pensamento consumiram o mundo e qualquer um que comece a tentar transpô-los é logo descredibilizado. Viva do outro e para o outro, mantendo, sustentando e cultivando o protótipo de liberdade que poucos têm. O resto, bem, é o resto.
[I see something beautiful AND something free, um dia desses...]
Como é que isso termina?
Mas você sabe onde isso vai parar?
Ou se quer por onde é que isso começa.
Ansiedade é a primeira que chega, a primeira que apressa as coisas, as ideias, as expectativas, os devaneios, as viagens temporais e os longos momentos vidrados em qualquer quadro do dia/da noite, da viagem ou da chegada, do caminho ou da partida.
Eu só sei que quero caminhar, não me venha com tantas perguntas! E às vezes ainda quero correr, mergulhar, dormir hoje e acordar no ano que vem, com tudo o que planejo prestes a acontecer. Saltei o caminho todo, mas a tal ansiedade agradece. E meu consumo frequente de alimentos impróprios dela consequência também diminui...
Pensando bem, então, talvez o caminho compense, já que adoro esse, o consumo de alimentos impróprios...! E as unhas roídas, os devaneios perdidos no vidro embaçado do ônibus --» (meu corretor português de Portugal me lembra que é "embaciado" e "autocarro" que se escreve aqui), as divagações em noites nebulosas, em dias de ventania, escutando a ira batendo à janela - reabro pra tomar fôlego. E já sei como isso tudo funciona, desde o começo... (Re)Comecemos.
domingo, 28 de fevereiro de 2010
Ida e Volta em ainda VENTANIA
Ida e Volta pra Lisboa, saindo de Coimbra, dois dias de reserva numa "Pousada da Juventude".
Todas os instantâneos necessários. Desloca-se e troca o corpo de espaço, troca o espaço pro corpo. Transporta a caixa de pensamentos pra alcançar o curso - que é em Lisboa. Transporta, sim, por que vai precisar dela. E a bagagem já fica pesada pra dois dias!
Camisola pra dormir, escova de dente e um pouco de shampoo, uma camiseta limpa pra colocar por baixo do casaco. São todos os extras pra uma ida e volta de 2 dias. O resto da bagagem: computador e, claro, a tal caixa de pensamentos. Essa não é separável, não dá pra desligar, não tem botão nem cinto de pregar ou despregar, por mais que eu quisesse que tivesse.
No quarto dividido da pousada, 4 países se encontram em 4 caixas de pensamento diferentes. É estranho caber tanta coisa - tanta coisa! - num cubículo de beliches. E 4 caixas de pensamento se desligam no dia seguinte, cada um seguindo um caminho.
..
E é tempo de deixar esses lugares pra trás. Vai e volta pelo mesmo caminho e a ventania - a VENTANIA - é que atrasa o mesmíssimo percurso. Centenas de pessoa transportam suas bagagens, ficam pelo caminho ou continuam percurso, mesmo depois de eu desembarcar no mesmo ponto de onde parti. Ida e Volta em Ventania. E nada mudou de lugar.
Todas os instantâneos necessários. Desloca-se e troca o corpo de espaço, troca o espaço pro corpo. Transporta a caixa de pensamentos pra alcançar o curso - que é em Lisboa. Transporta, sim, por que vai precisar dela. E a bagagem já fica pesada pra dois dias!
Camisola pra dormir, escova de dente e um pouco de shampoo, uma camiseta limpa pra colocar por baixo do casaco. São todos os extras pra uma ida e volta de 2 dias. O resto da bagagem: computador e, claro, a tal caixa de pensamentos. Essa não é separável, não dá pra desligar, não tem botão nem cinto de pregar ou despregar, por mais que eu quisesse que tivesse.
No quarto dividido da pousada, 4 países se encontram em 4 caixas de pensamento diferentes. É estranho caber tanta coisa - tanta coisa! - num cubículo de beliches. E 4 caixas de pensamento se desligam no dia seguinte, cada um seguindo um caminho.
..
E é tempo de deixar esses lugares pra trás. Vai e volta pelo mesmo caminho e a ventania - a VENTANIA - é que atrasa o mesmíssimo percurso. Centenas de pessoa transportam suas bagagens, ficam pelo caminho ou continuam percurso, mesmo depois de eu desembarcar no mesmo ponto de onde parti. Ida e Volta em Ventania. E nada mudou de lugar.
sábado, 20 de fevereiro de 2010
VENTANIA!
Hey, esses dias você não tem escrito nadinha... e ainda colocou vídeos e musiquinhas, como se fosse se redimir pela falta de criatividade, é?
- - Mas essa ventania assusta... está sozinha em casa, que frio, que noite raivosa! - -
- - Mas essa ventania assusta... está sozinha em casa, que frio, que noite raivosa! - -
Quem sabe, está preguiçosa? Quem sabe, está descansando a cabeça? De quê? Você mal estudou para os exames das últimas semanas. Está de férias até 2ª feira, sem fazer nada demais!
Tá bem, tem o projeto que não avança, mas nessa cabeça nem tem se passado tanta coisa assim. Nos teus dias, nem tem se passado tanta coisa assim. Nas tuas paisagens, nem no teu frio, no teu saudosismo, nem na tua ansiedade. Onde é que fica tudo isso? Até que se passam algumas coisas, até rápido demais, até inodoras, incolores, indolores demais.
Feeling numb? Join the club!
Nem tem feito nada demais com as tuas horas, nem com teus momentos, nem com teus dias, nem com tuas ideias, nem com tuas saudades, nem com a tua solidão de algumas horas - aquelas horas que parecem dias inteiros.
- Se mexe! - Diz o vento, impaciente.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Só seremos substituídos.
KORN - No one's there (unplugged)
You and me we have no faces
Soon our lives will be erased
Do you think they will remember?
Or will we just be replaced
Oh I wish that I could see
How I wish that I could fly
Far from things that hang above me
To a place where I can cry
So why can it be?
No one hears me call
Echoes back at me
No one's there
To all these nameless feelings
I can't deal with in my life
To all these greedy people
Trying to feed on what is mine
You've got to fill your hunger
And stop fucking with my mind
I know it's time
To leave these places far behind
You and me
We have no faces
They don't see us anymore
Without love as they had promised
And no faith for what's in store
Oh I wish that I could see
How I wish that I could fly
Far from things that hang above me
To a place where I can cry
So why can it be?
No one hears me call
Echoes back at me
No one's there
To all these nameless feelings
I can't deal with in my life
To all these greedy people
Trying to feed on what is mine
You've got to fill your hunger
And stop fucking with my mind
I know it's time
To leave these places far behind
Where are all these feelings hiding?
Dancing in and out my mind
Burning up all that I long for
Feeding me to my decline
Where are you?
My soul is bleeding
I am searching
Am I blind?
All alone and bound forever
Trapped inside me for all time
To all these nameless feelings
I can't deal with in my life
To all these greedy people
Trying to feed on what is mine
You've got to fill your hunger
And stop fucking with my mind
I know it's time
To leave these places far behind
To all these nameless feelings
I can't deal with in my life
To all these greedy people
Trying to feed on what is mine
You've got to fill your hunger
And stop fucking with my mind
I know it's time
To leave these places far behind
Soon our lives will be erased
Do you think they will remember?
Or will we just be replaced
Oh I wish that I could see
How I wish that I could fly
Far from things that hang above me
To a place where I can cry
So why can it be?
No one hears me call
Echoes back at me
No one's there
To all these nameless feelings
I can't deal with in my life
To all these greedy people
Trying to feed on what is mine
You've got to fill your hunger
And stop fucking with my mind
I know it's time
To leave these places far behind
You and me
We have no faces
They don't see us anymore
Without love as they had promised
And no faith for what's in store
Oh I wish that I could see
How I wish that I could fly
Far from things that hang above me
To a place where I can cry
So why can it be?
No one hears me call
Echoes back at me
No one's there
To all these nameless feelings
I can't deal with in my life
To all these greedy people
Trying to feed on what is mine
You've got to fill your hunger
And stop fucking with my mind
I know it's time
To leave these places far behind
Where are all these feelings hiding?
Dancing in and out my mind
Burning up all that I long for
Feeding me to my decline
Where are you?
My soul is bleeding
I am searching
Am I blind?
All alone and bound forever
Trapped inside me for all time
To all these nameless feelings
I can't deal with in my life
To all these greedy people
Trying to feed on what is mine
You've got to fill your hunger
And stop fucking with my mind
I know it's time
To leave these places far behind
To all these nameless feelings
I can't deal with in my life
To all these greedy people
Trying to feed on what is mine
You've got to fill your hunger
And stop fucking with my mind
I know it's time
To leave these places far behind
domingo, 31 de janeiro de 2010
What it used to be
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The Kills - What New York Used to Be
Coma coma drama come on
Draw it scratch it say it
Say it, make it to the bottom ladder climb it drop an apple
Off the top it stop it
I don't want to eat it
Need it, know it
Force it, feed it
Leave it, be it
Just keep it
In its box
What easy used to be
What love used to be
What drugs used to be
What TV used to be
What music used to be
What luck used to be
What art used to be
What you used to be
Coma coma drama, come on drawl your skin
Your mile longer love song
sure it tells the future
fingers crushed and
run em' under water
Shark infested sea of secrets
In the open fire
Beat it, don't believe it
Just leave it in its box
What easy used to be
What fun used to be
What dreaming used to be
What fame used to be
What the city used to be
What fast used to be
What low used to be
What New York used to be
What New York used to be
The Kills - What New York Used to Be
Coma coma drama come on
Draw it scratch it say it
Say it, make it to the bottom ladder climb it drop an apple
Off the top it stop it
I don't want to eat it
Need it, know it
Force it, feed it
Leave it, be it
Just keep it
In its box
What easy used to be
What love used to be
What drugs used to be
What TV used to be
What music used to be
What luck used to be
What art used to be
What you used to be
Coma coma drama, come on drawl your skin
Your mile longer love song
sure it tells the future
fingers crushed and
run em' under water
Shark infested sea of secrets
In the open fire
Beat it, don't believe it
Just leave it in its box
What easy used to be
What fun used to be
What dreaming used to be
What fame used to be
What the city used to be
What fast used to be
What low used to be
What New York used to be
What New York used to be
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Um Universo sem Tempo
Aquela constante é a preocupação nas cabeças de todos os habitantes desse mundo.
Os minutos que passam rápidos ou lentos demais, os momentos que são bons demais para durarem, ou ruins demais para passarem. São quase sempre etéreos, somem, desvanecem sem nos darmos conta.
Há também as pessoas, que caminham por ruas sempre iguais, que não mudam nada de lugar, que não significam muito, e o muito que representam vem mais em termos de alterações climáticas, escravidão, pobreza, destruição, desrespeito e uma dificuldade imensa de viver em civilização.
Aquele que caminha hoje sob o céu aberto amanhã pode não acordar para ver a chuva de inverno, e ninguém sabe disso, agora. Mas no dia seguinte, pode ter sobrado apenas como algumas referências eufemísticas e sussurros falecidos, ou ainda, uma dor apertada no peito de alguém. Qualquer coisa que tenha significado, morre com a lembrança de quem o conheceu, e o que resta é apenas um buraco profundo, sem preenchimento possível, sem resultado. Serviu para quê?
E isso tudo, serve para quê..?
Som de hoje: Depeche Mode.
"Open my eyes to a wourld that I could believe..."
Os minutos que passam rápidos ou lentos demais, os momentos que são bons demais para durarem, ou ruins demais para passarem. São quase sempre etéreos, somem, desvanecem sem nos darmos conta.
Há também as pessoas, que caminham por ruas sempre iguais, que não mudam nada de lugar, que não significam muito, e o muito que representam vem mais em termos de alterações climáticas, escravidão, pobreza, destruição, desrespeito e uma dificuldade imensa de viver em civilização.
Aquele que caminha hoje sob o céu aberto amanhã pode não acordar para ver a chuva de inverno, e ninguém sabe disso, agora. Mas no dia seguinte, pode ter sobrado apenas como algumas referências eufemísticas e sussurros falecidos, ou ainda, uma dor apertada no peito de alguém. Qualquer coisa que tenha significado, morre com a lembrança de quem o conheceu, e o que resta é apenas um buraco profundo, sem preenchimento possível, sem resultado. Serviu para quê?
E isso tudo, serve para quê..?
Som de hoje: Depeche Mode.
"Open my eyes to a wourld that I could believe..."
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
Outra Era.
Em novo ano, em nova década, começando outra vez: os meses se repetem, as estações se repetem, mas os dias vão passando com outros tempos em mangas compridas, meias, cobertor. É assim que o ano recomeça aqui nesse hemisfério.
Começa a década infectada: gripe! Gripe e algum pessimismo, mas é só por hoje. Afinal, precisamos de um motor poderoso para caminhar entre os dias, através das estações de frio e calor, de paradas e partidas. Sem escolher um canto escuro, estou do outro lado da Lua em sensações confusas, em expectativas difusas, em observações soltas, sem um completo, ainda.
A outra era chega em extensões sem flores, em brotos e sementes ainda dependentes de chuva tranquila e sol confortante, de brisa refrescante, de tons em avanço e caminho, sempre em frente, sempre acima.
É aqui do lado escuro da Lua que esse caminho brilha sozinho, sem se ofuscar, sem se perder. Apesar disso, as curvas são bem vindas quando levam aos jardins de colheitas sensíveis, de olfato agradado, de pele confortada, de céu aberto por entre verdes folhas, depois de outonos e invernos compridos.
Comecemos. Outra vez, comecemos.
Começa a década infectada: gripe! Gripe e algum pessimismo, mas é só por hoje. Afinal, precisamos de um motor poderoso para caminhar entre os dias, através das estações de frio e calor, de paradas e partidas. Sem escolher um canto escuro, estou do outro lado da Lua em sensações confusas, em expectativas difusas, em observações soltas, sem um completo, ainda.
A outra era chega em extensões sem flores, em brotos e sementes ainda dependentes de chuva tranquila e sol confortante, de brisa refrescante, de tons em avanço e caminho, sempre em frente, sempre acima.
É aqui do lado escuro da Lua que esse caminho brilha sozinho, sem se ofuscar, sem se perder. Apesar disso, as curvas são bem vindas quando levam aos jardins de colheitas sensíveis, de olfato agradado, de pele confortada, de céu aberto por entre verdes folhas, depois de outonos e invernos compridos.
Comecemos. Outra vez, comecemos.
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