sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Outra Era.

Em novo ano, em nova década, começando outra vez: os meses se repetem, as estações se repetem, mas os dias vão passando com outros tempos em mangas compridas, meias, cobertor. É assim que o ano recomeça aqui nesse hemisfério.

Começa a década infectada: gripe! Gripe e algum pessimismo, mas é só por hoje. Afinal, precisamos de um motor poderoso para caminhar entre os dias, através das estações de frio e calor, de paradas e partidas. Sem escolher um canto escuro, estou do outro lado da Lua em sensações confusas, em expectativas difusas, em observações soltas, sem um completo, ainda.

A outra era chega em extensões sem flores, em brotos e sementes ainda dependentes de chuva tranquila e sol confortante, de brisa refrescante, de tons em avanço e caminho, sempre em frente, sempre acima.

É aqui do lado escuro da Lua que esse caminho brilha sozinho, sem se ofuscar, sem se perder. Apesar disso, as curvas são bem vindas quando levam aos jardins de colheitas sensíveis, de olfato agradado, de pele confortada, de céu aberto por entre verdes folhas, depois de outonos e invernos compridos.

Comecemos. Outra vez, comecemos.

3 comentários:

  1. Não há palavras que possam descrever o que rotulaste de "Outra era.", muito bom, parabéns :)

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  2. que inveja, daria (quase) tudo para poder ver um concerto dele, apesar de preferir um do David Gilmour *.*

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