Eu já não limpo meus (2) emails, já não vejo meu orkut, já não escrevo em minha agenda - já não a confiro, já não desperto completamente, já não durmo (só) o suficiente.
As datas se perdem, as semanas pulam, saltitam, rolam, desaparecem, alcançando os meses sem qualquer dificuldade.
Passo em movimento fluído, transporto a matéria em movimentos quase involuntários, de acordo com o programado. E alguns programas ainda ficam para trás, naquele tempo que perdi, sem retomada.
Olha à tua volta: pouca coisa realmente preenche uma paisagem borrada como a tua. Espera pela próxima, continua saltando detalhes, nem respira direito. Inspira, expira; mais uma vez.
E já chego em Março, ainda sem primavera, atrasada num ano confuso. Se perdeu no caminho, ou tem receio de hoje aparecer: alguém vai notar? O inverno já parece ter engolido as pessoas todas, imersas em desejos silenciosos, sem risadas, sem demasiadas expressões. Ainda estão em tocas, ainda esperam dias melhores para viver.
Vamos passando, ansiando dias mais claros, noites mais frescas, brisas menos gélidas, paisagens menos cinzas - belas em seus tempos, mas não em tempos demais.
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