Sol quente perde a força. Dia claro, aberto, recolhe-se, descansa. Chuva, vento, nuvens vêm retomando seu lugar nos dias que se seguirão até o próximo ano...
É um caminho sem volta. Desejei que essa troca de turnos chegasse, mas o dia fecha-se tão rápido! Dê-me tempo para despedir-me do Sol, pedir desculpas pelo meu anseio em me livrar de tanto calor!
- É assim, e triste não precisa ser a minha despedida. Partirei em breve, ou deixo-te assim, lentamente? Prefere sentir-me e fotografar-me com a pele? Servirá para nostalgia ou para consolo de que em breve, ou nem tão breve assim, voltarei? Toma, vem aqui fora ficar comigo nesses útlimos momentos. Vem, aproveita que o dia ainda tem cheiro, som, luz, cores.
Sim! E presto atenção à mudança, lembrando-me de me dedicar a isso sempre que descanso a mente, o corpo. Verei a claridade sumir aos poucos, os pássaros esconderem-se do frio e da chuva, as pessoas encolherem-se em preto e cinza, fecharem o rosto, protegerem-se, desaparecerem das ruas, aos poucos.
Ciclos...formigas também se sujeitam a eles.
Para mim ficarão as novas impressões: árvores nuas, vulneráveis, móbidas, solitárias. Mas os galhos secos me alcançam, potiagudos, me absorvem, contrastando com o cinza do céu, de um dia. Que venha, pesado Outono, trazendo nem tão vagarmente o Inverno. Em muitas ocasiões, digo que é o meu preferido...
Para mim ficarão as novas impressões: árvores nuas, vulneráveis, móbidas, solitárias. Mas os galhos secos me alcançam, potiagudos, me absorvem, contrastando com o cinza do céu, de um dia. Que venha, pesado Outono, trazendo nem tão vagarmente o Inverno. Em muitas ocasiões, digo que é o meu preferido...
Uma conexão que nem sempre é visível existe entre nós. Eu vi o atípico, você verá o que sempre vem. Formas diferentes, o mesmo sentimento. Te amo.
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