Mangas curtas, deitam na grama, contemplam a primavera, finalmente aqui. Chegou esbaforida, colorindo os dias às pressas, retomando trabalho atrasado, consolando os que esperamos, nostálgicos.
Olha pra frente, pra cima. Sente a brisa finalmente bem-vinda, só refresca, só lava o corpo dos pesados dias cinzas, de casacos e cachecóis, bonitos em seu tempo mas em tempo duradouro demais.
Faz planos e procura a vida, procura as paisagens em que pode sentí-la. Sabe que não são só de paisagens feitos os momentos, mas a primavera implora por glória. Termina a noite em sol escandaloso, domina o escuro com berros de vitória iluminados. É impossível não lhe fazer a vontade. Vivamos, em dias que se esforçam mais para durar mais...